Ao interferir na briga das crianças, os adultos devem entrar como conciliadores
A não ser que a família opte, literalmente, por criá-la em uma redoma, dificilmente uma criança atravessará a infância sem brigar com outra ao menos uma vez. Disputa pelo mesmo brinquedo, bate-boca por causa das regras de um jogo, inveja entre irmãos, ciúme do amigo... A lista de motivos capazes de detonar uma encrenca é longa.
Segundo especialistas, porém, a maior parte das rixas infantis deve ser encarada com naturalidade, sem muita intromissão –a sugestão, obviamente, não se enquadra aos casos de bullying, prática nociva que merece maior cuidado e atenção.
"A não ser que a desavença ultrapasse o limite do razoável, partindo para a agressão física, por exemplo, não é recomendável que os pais tomem alguma atitude imediata. É preciso, antes, observar como o conflito vai se desenrolar", diz a psicóloga Cecilia Russo Troiano.
Para ela, não se deve negar às crianças o direito de tentar encontrar soluções para lidar com suas dificuldades de relacionamento, mesmo que sejam pontuais. Até porque as pelejas são úteis para o exercício da autonomia, para o autoconhecimento e a interação.
O problema é que na ânsia de defender a cria, alguns adultos protagonizam situações pouco racionais –como bater boca com os amiguinhos do filho– ou extremas, como esperar a rival da filha na porta da escola para um acerto de contas.
Na aclamada peça "O Deus da Carnificina", que em 2011 virou filme dirigido por Roman Polanski e estrelado por Jodie Foster e Kate Winslet, a dramaturga francesa satiriza as proporções que uma briga entre crianças de 11 anos pode tomar, ao mostrar seus pais tentando resolver a situação entre eles, de maneira ainda mais infantil que a dos rebentos.
Na opinião da psicopedagoga Sonia Losito, doutora em Psicologia da Educação pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), na maior parte das vezes a intromissão nada mais é do que um sintoma do excesso de amor.
"Para proteger o filho, os pais acabam se antecipando e assumindo o papel dele. É claro que precisam observar, vigiar e até se interpor em algum momento, mas sem subestimar a capacidade da criança encontrar recursos para enfrentar a situação por si mesma", afirma.
A intromissão frequente dos pais nas confusões infantis pode causar danos à autoestima, que prejudicam os relacionamentos na idade adulta.
"Se os pais sempre estão a postos para resolver seus dilemas interpessoais, a criança começa a se sentir incapaz de partir para a ação, fraca, e corre o risco de se transformar em uma pessoa introvertida, insegura e sem autoconfiança. Outra possibilidade é a de se tornar alguém insuportável, do tipo que acha que tem razão em tudo", declara a pediatra Miriam Ribeiro de Faria Silveira, diretora do Departamento de Saúde Mental da SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo.
A intromissão frequente dos pais nas confusões infantis pode causar danos à autoestima, que prejudicam os relacionamentos na idade adulta.
"Se os pais sempre estão a postos para resolver seus dilemas interpessoais, a criança começa a se sentir incapaz de partir para a ação, fraca, e corre o risco de se transformar em uma pessoa introvertida, insegura e sem autoconfiança. Outra possibilidade é a de se tornar alguém insuportável, do tipo que acha que tem razão em tudo", declara a pediatra Miriam Ribeiro de Faria Silveira, diretora do Departamento de Saúde Mental da SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Quando a intervenção é necessária, os pais devem entrar como conciliadores, para estabelecer o diálogo. Frases como "Que tal escolher uma brincadeira que os dois gostem?", "Ele sabe que o carrinho é seu e só quer pegar um pouquinho" e "Vamos resolver as coisas com calma, conversando, sem xingar?" costumam apaziguar os ânimos.
"As crianças, em especial as pequenas, se esquecem com facilidade de brigas", conta Miriam Silveira. Já pais ressentidos, excessivamente controladores e que não conseguem dominar as próprias emoções devem fazer um exercício de autoconhecimento e analisar se a reação exagerada frente à uma briga infantil não tem a ver com os próprios sentimentos e frustrações, do passado ou não.
"As crianças, em especial as pequenas, se esquecem com facilidade de brigas", conta Miriam Silveira. Já pais ressentidos, excessivamente controladores e que não conseguem dominar as próprias emoções devem fazer um exercício de autoconhecimento e analisar se a reação exagerada frente à uma briga infantil não tem a ver com os próprios sentimentos e frustrações, do passado ou não.
13 comentários:
Toninha
Boa reflexão, vou ter me trabalhar muito para quando alguém bater nas minhas meninas, eu entender que a adulta da história sou eu.
Tri-beijos Desirée
http://astrigemeasdemanaus.blogspot.com.br/
Eu sei que em briga de criança, a não ser que seja algo muito grave não se deve entrar. Adorei a postagem.
beijos
amiga é isso mesmo
infelizmente cometemos
esses erros grotesco hoje
eu observo mas antes de toma uma atitude, e deixo pra vê como ela
vai resolver a situação
muito bom o post
sermamaepelasegundavez.blogspot.com.br
É bem comum as briguinhas na infância, o incomum são os pais acharem que tudo é normal e da idade e não conversarem e corrigirem enqto ainda se pode fazer isso.
Genis
http://www.reciclandocomamamae.com/
http://www.mamaesemrede.com/
#blogamigo
Olá Toninha ... adorei seu post e penso que devemos ser criteriosas e não super proteger nossos filhos, ainda mais quando estiverem errados. Aqui com a Luma tento ser impacial, deixando ver se elas resolvem o problema por elas mesmas .. caso piore interfiro e dou razão a quem a tem .. dando bronca nela quando precisa ..
Olha, agora aprendi a participar de sorteios e até vou me arriscar a promover um .. não esqueça do meu meu blog .. antes era pura ignorância no assunto .. agora quero e vou ser mais participativa .. bjs no seu coração e se puder siga meu outro blog e curta as páginas ..
http://motivosparaestareserfeliz.blogspot.com.br/
Roberta e Luma
http://princesaluma.blogspot.com.br/
legal, mas sabia que tem mais sim que se entromete nas brigas
obvio não quer ver seu filho panhar
adorei bjos
Concordo planamente com tudo o que escreveu... afinal, crianças são crianças e tem mãe que leva muito a sério as pequenas brigas...
Bjs
Hoje no Papo de Mamãe Amélia tem post sobre Artesanato!
http://mamaeamelia.blogspot.com.br/
Aiii eu adorei... rsrs
Adoro esses posts com dicas que ajudam as mamães que assim como eu não tem nem ideia de como agir em diversas situações... hehe
Retribuindo seu carinho...
beijooos
http://esperadomeupresentinho.blogspot.com.br/
Adorei o post! A minha filha está na fase das disputas de brinquedos, mas eu sempre tento que ela divida com os amiguinhos, proponho troca de brinquedos, etc.
Beijos!
Luciana
www.lumaedamalu.blogspot.com.br
gostei de ter abordado esse assunto, tenho q me preparar, pois o menininho aqui não vai ser fácil kkk bjs
Concordo com o comentário da Genis e faço dele minhas palavras.
Carlah Ventura
Blog:Intensa Vida
Realmente tem Pais que ficam insuportáveis nessas situações e em outras para proteger seu filho
Ótima resenha amiga
Bjkas e um ótimo final de semana
segredosdaluma.blogspot.com.br
Oi Toninha
Muito bom seu post, adorei!
Tbe penso assim.
Querida, vim agradecer a visita ao blog, adorei!
Sabe que a animação da foto foi sem querer?! E ficou tao legal que coloquei no blog...rsrs
Seu blog é ótimo!Parabens!
Bjks mil e uma otima semana
http://www.blogdaclauo.com/
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