
Sabe-se que as crianças aprendem, principalmente, por meio da imitação. Por esse motivo, é extremamente importante que os pais tenham consciência de que a maneira como eles (pais) se comportam, certamente será o modelo que seus filhos terão para se comportar. Não adianta pedir para o filho não agredir um colega da escola, por exemplo, se quando você fica nervosa acaba agredindo o próprio filho. É essencial que suas ações e atitudes sejam coerentes com o que você diz ser o correto aos seus filhos. Vale mais agir do que falar!
Ensinar as crianças a se relacionar, a ter boas maneiras, compartilhar ou repartir e a ter empatia (saber se colocar no lugar do outro) pode ser uma tarefa simples se fizer parte da rotina diária da família. Mãe, a melhor maneira de transmitir essas habilidades a seus filhos se dá por meio do seu próprio comportamento.

Como já foi ensinado em sessões anteriores, o reforçamento de comportamentos adequados é essencial nesse tipo de situação. Sabendo que isso é um trunfo especial que você, mãe, tem, é importante que você sempre lembre que o reforçamento dos comportamentos e habilidades que deseja que seu filho aprenda é indispensável.
Outra questão importante é que você, mãe, também é responsável por criar oportunidades para que os comportamentos desejados ocorram e, também, por apontá-los quando ocorrerem, elogiando e dando atenção a eles.
Seis passos que você, mãe, pode seguir para ensinar seus filhos a se relacionar:

2. Encontrar oportunidades para apontar o comportamento adequado de seu filho;
3. Criar condições para ele se comportar de maneira adequada;
4. Reforçar imediatamente a criança quando o comportamento adequado ocorrer;
5. Instruir e motivar seu filho a se engajar em um comportamento adequado;
6. Apresentar uma conseqüência imediata quando a criança não se engajar no comportamento adequado.
Por exemplo, em relação ao comportamento de compartilhar: durante o lanche da tarde, você poderá comprar um refrigerante e compartilhar com sua família.
Conforme o passo 1, você deve sinalizar seu comportamento verbalmente: “olha, a mamãe vai dividir esse refrigerante e todos vão poder aproveitar”. Em relação aos passos seguintes, a mãe deve apontar esse comportamento quando a criança dividir seu lanche ou um brinquedo com um colega da escola. Se a criança não o fizer, você pode instruí-la e dizer que ela pode e deve dividir suas coisas com um coleguinha, ou com os irmãos. Quando a criança não quiser compartilhar seus brinquedos com outras crianças, por exemplo, uma dica é sugerir que ela escolha primeiro o brinquedo que quer e, em seguida, as outras escolhem. Se as crianças não quiserem compartilhar um brinquedo, ou seja, se não se engajarem em um comportamento adequado, você pode retirar o brinquedo da situação, ou seja, de acordo com o passo 6, apresente uma conseqüência para a criança por não compartilhar o brinquedo com as demais.
Outro comportamento extremamente importante que deve ser ensinado a seus filhos para que saibam se relacionar é mostrar empatia, ou seja, a criança deve saber se colocar no lugar do outro. Mãe, forneça oportunidades e, principalmente, sempre instrua a criança para que ela aprenda comportamentos empáticos e reforce-a, valorizando seu comportamento, quando o fizer. Por exemplo, quando um amigo cair, ajudá-lo a se levantar.
Toda mãe deve ter passado por uma situação em que, quando disse “não” para algo que o filho pediu, teve como resposta uma criança nervosa, com raiva, chorando e fazendo birra. Outra situação que deve ser comum é quando a criança fica desapontada com algo, quando não é convocada para o time de futebol, por exemplo, ficando enfurecida. Esse tipo de situação em que a criança não tem algo que deseja é bastante comum e não pode ser evitada. Frustrações fazem parte da vida e você poderá ajudar seu filho a passar por essas situações, de uma maneira mais fácil e suave. Isso vai favorecer seu filho pelo resto de sua vida, em todas as situações de frustração e decepção que tiver. Você estará ensinando a ele ou ela a ser emocionalmente forte!

Você precisa, primeiro, se acalmar e conversar com o filho, explicando por que ele deve fazer a lição, encontrando, enfim, outras maneiras de lidar com a situação.
LEMBRE-SE: NUNCA AJA QUANDO ESTIVER COM RAIVA, pois terá um comportamento incoerente com o que pretende ensinar à criança.
Por exemplo, uma criança que está aprendendo a andar de bicicleta cai algumas vezes. Ela chora e fica nervosa. Você pode ensinar-lhe que quanto mais nervosa ela estiver, maior dificuldade terá para andar na bicicleta e que, se estiver mais calma, ela terá maior facilidade em fazê-lo. Outra situação que você, mãe, pode ensinar ao seu filho é dizer a ele que a mamãe irá buscá-lo, na saída da escola .
Você pode, inicialmente, praticar essa separação em situações com períodos mais breves, como ir ao supermercado e deixar a criança com outra pessoa, por exemplo. A criança, aos poucos, aprende que a mãe sai, desaparece, mas ela volta, conforme dissera. Assim, na escola ela saberá que estará sem a mãe, naquele período, mas que depois de certo tempo a mãe reaparece e a leva para casa.
Algumas técnicas podem ser ensinadas para crianças um pouco mais velhas aprenderem a se acalmar. Pode-se sugerir para a criança sair de uma situação que a deixou com raiva, contar até 10 e respirar fundo, diversas vezes. A criança, também, se acalma quando é instruída a imaginar uma cena agradável, pensar em um lugar que ela goste, fazer perguntas para que a criança descreva como é o lugar, o que ela gosta de fazer lá etc; distrair o pensamento e fazer com que a criança fique mais calma e tenha uma sensação prazerosa.

Nenhuma criança nasce sabendo quais comportamentos farão com que ela tenha bons relacionamentos e seja respeitada, e nenhuma criança nasce sabendo como lidar com situações frustrantes. A criança tem diversos modelos durante seu desenvolvimento: a professora, o que ela assiste na televisão, colegas etc mas os pais são os principais responsáveis por ensinar seus filhos a como se comportar adequadamente.
6 comentários:
Excelente post,mas educar não é tarefa fácil e ajudar na socialização é importante,bjs!!!
http://blogdonadecasatambemsearruma.blogspot.com/
http://deusguianossospassos.blogspot.com/
Não sei se foi proposital ou não, mas, você neste post joga toda a responsabilidade de educação dos filhos na mãe, acredito que a responsabilidade deve recair nos pais, isto é, pai e mãe ter as mesmas responsabilidades.
Mesmo com toda a independência da mulher moderna isso não quer dizer que ela seja a única responsável por tal tarefa, como você mesmo disse, nada fácil. A não ser que esse filho tenha apenas exercendo o duplo papel de educadora, mesmo assim não tira a responsabilidade do pai. Até por que não existe filho sem pai.
Acredito que eu tenha exagerado, mas o assunto é palpitante. O que você não comentou lá fiz aqui.
Abraço
Muito boa essa postagem!
Bom restinho de semana.
Bjs
Manu
Bom não foi proposital a minha postagem, convenhamos que os filhos em sua maioria ficam com a mãe o maior tempo possível ou com uma cuidadora feminino. Por isso me direcionei as mães e não vejo problema algum com isso. Claro que todo criança é gerada através da união X e Y meus filhos tem pai e mãe, mas pai não está presente 24hs como a mãe, e isso vc tem que concordar. É ela que educa, leva ao médico, dar banho, ensina a comer, andar, falar, conta histórias, é confidente e inúmeras coisas que irei levar muito tempo descrevendo. O pai é o provedor que na sua maioria na separação não enxerga isso e acaba deixando a desejar e sobra pra nós mulheres fazermos dupla função.
eu também concordo com você Toninha, ficamos o maior tempo possível com os filhos e a nós somos incumbidas de toda a responsabilidade principalmente quando há separação. Sou mãe de dois filhos e me separei quando ainda eram crianças 2 e 3 anos. Hj eles são formados, casados e só estou esperando a vinda dos netos. Na minha opinião parece que o Sr. J. Araújo ficou é mordido com sua postagem ou talvez atribuiu uma certa parcela de culpa em sua vivência com relação a responsabilidade. Adorei o post continue assim.
Viviane Rocha
Cheguei até aqui através do Entre Blogs.te seguindo vem me seguir também
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